domingo, 30 de agosto de 2009

MEMÓRIAS DO CORONELISMO


A qualidade do público na sessão de 27/08 no Espaço Raul Seixas premiou a apresentação do "Memórias do Coronelismo", doc de Aléxis Góis, com gosto e até entusiasmo rolou um bate-papo excelente e algumas pessoas deram testemunhos pessoais sobre o ciclo do garimpo na chapada diamantina. Para a surpresa de muitos, Dona Maria, presente na sessão, filha de garimpeiro na região de Lençóis, falou sobre as referências que o documentário trouxe para ela, além de despertar histórias na sua memória. Também Sra. Creusa falou sobre sua infância na chapada diamantina e a importância de assistir ao documentário. Todos se pronunciaram e manisfestaram satisfação pela exibição e encontro.
Lembramos que nesse ano do centenário de morte de Euclides da Cunha, acontecerá em Salvador, de 10 a 17 de setembro, a 36ª Jornada Internacional de Cinema da Bahia que homenageia o sertanista. O CineClube Roberto Pires estará presente com produções de seus associados. Vale a pena conferir o evento que já faz parte da história do cinema baiano e brasileiro, um presente do nosso querido Guido Araújo.
Fica o convite para as próximas sessões do CCRP que prometem. É ficar sintonizado nas datas e horários para marcar presença e conferir exibições de elevada qualidade, valorizando as produções audiovisuais baianas no agradável Espaço Raul Seixas, pelo módico preço de graça.
Abraços Cineclubistas.



segunda-feira, 24 de agosto de 2009

NOVA SESSÃO DO CINECLUBE ROBERTO PIRES

CINECLUBE ROBERTO PIRES APRESENTA: CURTAS NO ESPAÇO CULTURA RAUL SEIXAS – NESTA QUINTA 27/08 – ÀS 18:30


GARIMPO - Dentro do projeto Memórias do Coronelismo, Garimpo aborda as memórias dos idosos da Chapada Diamantina sobre o garimpo na época dos coronéis. Felicidades individuais com a descoberta do tão procurado diamante, e tragédias são revelados através de depoimentos. Documentário de 18 minutos.

SECA - Seca no Nordeste é um problema popularmente conhecido. Secas, como a de 1932, na Chapada Diamantina, deixaram marcas na memória da população local. Através de depoimentos de verdadeiros sobreviventes de uma tragédia humana, o documentário tece de forma particular os problemas enfrentados em 32, que ainda afligem diversas comunidades nordestinas. Duração: 20 minutos.

REVOLTOSOS - Em 1924, Luís Carlos Prestes iniciou um movimento para acabar com o regime oligárquico da República Velha. Em 1926, a Coluna Prestes e suas proezas marcaram a Chapada Diamantina, mas a população local pouco conheceu os objetivos dos "revoltosos". Documentário de 17 minutos.

Direção, roteiro, edição e produção: Aléxis Góis e Juliano Domingues de Almeida
Pesquisa e fotografia: Aléxis Góis
Câmeras: Daniela Alarcon, Aléxis Góis e Juliano Domingues
Ano de produção: 2006
Local de produção: Bauru (SP) / Chapada Diamantina (BA)

terça-feira, 18 de agosto de 2009

ASSEMBLÉIA CINECLUBE ROERTO PIRES

CAROS COLEGAS CINECLUBISTAS DO ROBERTO PIRES

Convidamos todos para a Assembléia a ser realizada conforme abaixo:

Data: 20/08/2009 - quinta
Local: DIMAS (Biblioteca dos Barris), na Sala de Multiuso
Horário: 18:30

Pauta:
-Marcação Assembléia para votação de nova diretoria
- Programação de exibição do Cineclube Roberto Pires
- Site
- O que ocorrer

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

fragmentos de um seminário

Cinema é fetiche!
E o frenético Seminário Internacional de Cinema e Audiovisual busca cativar a cada ano ainda mais esse estranho objeto de adoração e desejo. Ao entrelaçar cinéfilos e quase-cineastas aos debates, filmes, performances e encontros o Seminário amplia as possibilidades cinematográficas baianas ao unir-se com outras artes e vontades. Em sua quinta edição conseguiu dar a Salvador a rara chance de ver um filme de Godard em 35mm depois de pestanejar numa poltrona vermelha no meio de um debate sobre cinema e filosofia e ainda mais tarde bater palmas ou xingar curtas e longas metragens. Claro, nem todos os debates foram sonolentos, e a sensação de usar a imponência do Teatro Castro Alves como sala de aula, e melhor ainda como cinema, é no mínimo excitante. A recorrente frustração construtiva de não conseguir ver tudo o que se pretendia é parte de todo esse exercício de seis dias, que se fez também nas tantas idas e vindas entre o TCA e o Teatro Martim Gonçalves (onde aconteceu a mostra de Godard) provando que o cinema, além de fetiche, também é busca por fôlego no meio de tantos mal alimentados movimentos seguidos de transpiração. Nos intervalos das sessões e debates o Seminário era igualmente construído, afinal o que seria dele e da sétima arte sem as muitas conversas, encontros, risadas e tolerância com a queima constante de cigarros na porta do foyer?! Falar de todos os filmes instigantes é meio impossível no meio da overdose, prefiro que isso aconteça em doses homeopáticas e seletivas. Pra começar quero premiar Intimidades de Shakespeare e Victor Hugo com o Prêmio Boca Aberta Sem Palavras do ano! A moça diretora Yulene Olaizola estava lá, subiu no palco, falou pouco e disse muito com o filme, que acabou infelizmente sendo pouco visto. Depois de ter lotado o palco da sala principal com metade da platéia, Pau Brasil a grande estréia baiana, de Fernando Belens, também conseguiu surpreender (pro bem ou pro mal), arrancando um gritante "Bravo!" do colega Navarro. Os curtas têm um papel fundamental no Seminário, além de darem o tom competitivo, garantem espaço pras produções baianas. No entanto foi desse aspecto tão nobre que o evento conseguiu provocar o maior dos equívocos. Eles resolveram dividir a premiação do melhor curta-metragem em duas categorias, baiano e nacional... Até aí nenhum absurdo, porém ao contemplar em ambas as categorias filmes de nossa terra (Cães e Nego Fugido) o evento agrediu o juízo de sua própria importância, premiando sim o estranho e desnecessário bairrismo. Aos meus coçantes olhos Os Sapatos de Aristeu foi o curta que conseguiu arrancar mais brilho. Houve ainda na última noite, além da tal premiação, um mini-musical-cabaré-bahiwood (?!), performance essa que arrancou vários suspiros de vergonha alheia da platéia, que aplaudiu mais no intuito de adiantar o término. Apesar desses momentos menos–melhores o Seminário acaba sempre deixando a vontade por mais, e junto com a Jornada de Cinema dá a cidade um pouco mais de empolgação e dignidade pra difícil arte de gostar e pensar Cinema. Mesmo com seus méritos consolidados não há garantias que o Seminário vá acontecer ano que vem, cansado de ficar com o pires na mão o organizador Walter Lima já avisou: “Não estou a fim de ter enfarte”. É a crise... Torcemos que role e que mantenha o foco no que sabe melhor proporcionar: bons filmes e adubo pra cabeça.