quarta-feira, 22 de abril de 2009

UMBIGADA NO CINECLUBE ROBERTO PIRES - NESTA QUINTA

Um giro em torno do umbigo....comportamento traduzido em canção.
Documentário exibido na TV Pública da Bahia em homenagem a semana do Samba. Selecionado no festival de cinema de Vitoria da Conquista.

DIREÇÃO: GABRIELA BARRETO

SAMBA DE RODA

O samba teve início por volta de 1860, como manifestação da cultura dos africanos que vieram para o Brasil. De acordo com pesquisas históricas, o Samba de Roda foi uma das bases de formação do samba carioca.A manifestação está dividida em dois grupos característicos: o samba chula e samba corrido. No primeiro, os participantes não sambam enquanto os cantores gritam a chula – uma forma de poesia. A dança só tem início após a declamação, quando uma pessoa por vez samba no meio da roda ao som dos instrumentos e de palmas. Já no samba corrido, todos sambam enquanto dois solistas e o coral se alternam no canto.O samba de roda está ligado ao culto aos orixás e caboclos, à capoeira e à comida de azeite. A cultura portuguesa está também presente na manifestação cultural por meio da viola, do pandeiro e da língua utilizada nas canções.Foi considerado pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) como patrimônio imaterial. O ritmo e dança teve sua candidatura ao Livro do Tombo (que registra os patrimônios protegidos pelo IPHAN) lançada em 4 de outubro de 2004, e, depois de ampla pesquisa a respeito de sua história, o samba-de-roda foi finalmente registrado como patrimônio imaterial em 25 de novembro de 2005, status que traz muitos benefícios para a cultura popular e, sobretudo, para a cultura do Recôncavo Baiano, berço do samba-de-roda.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

INSURREIÇÃO RÍTMICA NO CINECLUBE ROBERTO PIRES

Nesta quinta acontece a segunda sessão cineclubista no Espaço Raul Seixas, promovido pelo Cineclube Roberto Pires.

Conheça um pouco mais de um dos filmes que será exibido na sessão.
O Filme
O documentário registra a ação de organizações sociais da Bahia queutilizam as artes afro-brasileiras para a inserção de jovens e crianças.O esforço de organizações sociais em utilizar a arte como ferramenta de inclusão social e promoção da cidadaniapara jovens e crianças no Brasil despertou a atenção do cineasta norte-americano Benjamin Watkins que, a partir de 2004, passou a acompanhar quatro dessas organizações sociais junto com ativistas de mídia Baianas Paulo Rogério Nunes e Eliciana Nascimento. O resultado de mais de 120 horas de filmagem é o documentário Insurreição Rítmica.
As entidades registradas no filme são: a
Escola de Música e Dança Didá, criada pelo Mestre Neguinho do Samba, que possui uma banda e um Bloco carnavalesco, formado por mulheres adolescentes do Centro Histórico de Salvador; a Escola Picolino, que por mais de 20 anos, vem difundindo a arte circense e profissionalizando jovens, em Pituaçu; o Bejé Eró, que através de aulas de cidadania, teatro, dança e música, oferece alternativas para os jovens da Vila Viver Melhor, localizado no Ogunjá; e a Associação de Capoeira Angola Navio Negreiro – ACANNE, que utiliza a capoeira para trabalhar com jovens da periferia e do centro de Salvador no desenvolvimentocomunitário e na valorização de suas origens africanas.
O documentário possui 65 minutos e retrata a transformação promovida por essas organizações sociais na vida de crianças e jovens de bairros pobres de Salvador. São adolescentes cujas possibilidades de inserção social são limitadas pela pobreza, pela discriminação e pelo racismo. "A arte surge como via de união desses indivíduos, elevando a auto-estima, reconstituindo a identidade, capacitando-os profissionalmente e inserindo-os socialmente", ressalta o diretor.
Exemplos - História como a de
Antonio Marcus, da comunidade da Saramandaia, que viu muitos dos seus amigos morrerem pelo envolvimento no tráfico, mas que encontrou saída para esta realidade através das aulas no Circo Picolino, a partir de 1991. Hoje, Antonio Marcus é um dos artistas e instrutores da Escola de Circo e criou, com outros jovens da Saramandaia, um projeto social, onde repassa seus conhecimentos artísticos a outras crianças. Através de exemplos positivos como o de Antonio Marcus, a situação de violência da Saramandaia diminuiu e os jovens passaram a buscar outras alternativas.
Alternativas também encontradas por Mário Roma, morador da Vila Viver Melhor, no Ogunjá, que sonha com uma carreira artística que garanta dias melhores para sua família. O aprendizado vem nas aulas de teatro e percussão do projeto comunitário Beje Eró, saudação iorubá para os Ibejis, orixás que representam as crianças. Através do Beje Eró, Mário e outras crianças montam peças teatrais, fazem apresentações da banda e discutem temas como riscos das drogas, cidadania, direitos e deveres.
Entrevistas com artistas, intelectuais e militantes do movimento negro baiano permeiam o filme, entre elas a educadora e diretora do
bloco afro Ilê Aiyê Arany Santana, o historiador Ubiratan Castro de Araújo, a cantora Margareth Menezes, o ator Jorge Washington do Bando de Teatro Olodum e a escritora e educadora Vanda Machado. "Essas falas ajudam a entender a importância da cultura africana na identidade do povo baiano e de como essas referências podem ser utilizadas na socialização de jovens", explica o diretor.
O filme ja lançou em Salvador nas comunidades retratadas.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

CINE + CULTURA EM SALVADOR


Esta semana tem visita do representante do Cine + Cultura, do MINC, aqui em Salvador.

Nesta terça (14/04), às 18h, no Centro Cultural Alagados, no fim de linha do Uruguai, o Frederico irá falar sobre o EDITAL CINE MAIS CULTURA, que fica aberto até a próxima segunda-feira. Quem ainda não escreveu seu projeto é bom se apressar.

Para saber mais sobre o Edital acesse o site http://www.cultura.gov.br/ no link EDITAL CINE MAIS CULTURA.

Frederico também conversará com os representantes de cineclubes comunitários sobre a distribuição dos equipamentos para os cineclubes de periferia, em Salvador.

terça-feira, 7 de abril de 2009

"Nós não gostamos de gente!"



"O que você vai fazer no final de semana? Já foi à Ilha dos Prazeres?"

A mulher do século 21 filmada no final da década de 60. Seria esse o fim de Ângela Carne e Osso?! Porra-louca, pretensiosa, chacota, anti-heroína, exemplo de ninguém... Essa é a mulher que Sganzerla nos empurra goela abaixo no escracho cinematográfico “A mulher de todos”. Personagem ímpar na cinematografia brasileira, Ângela é mais que isso, mais do que o contrário da mulher que sorri no comercial de margarina... A profundidade da personagem vai além dos 90 minutos do filme, e sua virulência nos corrompe e se mantém pulsante em busca de interpretações tão interessantes quanto ela. Na verdade a moça é bem direta e se revela logo inimiga Nº1 dos homens, mesmo sendo irremediavelmente dependente dos mesmos. "Eu agora vou me dedicar aos boçais. Homem bacana só dá trabalho". Todas as suas declarações fantásticas participam de uma ciranda de contradições, que servem tanto pra confundir os homens do filme, quanto a nós, meros espectadores, provavelmente seu alvo principal. Além da protagonista, brilhantemente interpretada por Helena Ignez, temos que destacar a melhor coisa Jô Soares inventou de fazer, o hilário marido bitolado de Ângela, Plirtz.

O cinema de Sganzerla é feito de personagens míticos, marginais, que simbolizam sua visão subversiva, cáustica, hilária e maldita da sociedade na qual compactuamos pacificamente. Há a óbvia obrigatoriedade de rever o clássico “O Bandido da Luz Vermelha” para falar mais a respeito, afinal esses dois filmes do diretor se completam em uma continuação descontinuada... Toda essa libertinagem torna o cinema de Sganzerla restrito, hermético, tornando filmes como “A Mulher de Todos” para os poucos que resolvem entregar-se ao seu deleite.

por:ramon

quarta-feira, 1 de abril de 2009

CINECLUBE ROBERTO PIRES 2009

Que bons ventos soprem para nosso cineclube.
Estamos caminhando para nossa segunda exibição no espaço Raul Seixas.
Uma galera muito antenada do Cineclube está montando dois projetos que prometem movimentar o segundo semestre: "Cineclubinho Roberto Pires - Formação de Público para Cinema" e "Oficinas de Formação Cineclubista"... mais informações sobre estes projetos nas próximas postagens.
E uma grande notícia no final de março, para solidificar as comemorações dos 50 anos do cinema baiano. O Projeto de Restaução de Redenção, primeiro longa-metragem baiano, dirigido por Roberto Pires, foi entregue na semana passada no Fundo de Cultura e já foi habilitado. Vamos ficar na torcida para que esta obra fundamental do cinema brasileiro seja restaurada até o final do ano e possamos fazer uma grande comemoração no nosso Cineclube.
Saudações Piradas