quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

CINECLUBE ROBERTO PIRES E A ESTRUTURA RIZOMÁTICA NO AUDIOVISUAL

Um rizoma não começa nem conclui, ele se encontra sempre no meio, entre as coisas, inter-ser, intermezzo. A árvore é filiação, mas o rizoma é aliança, unicamente aliança. A árvore impõe o verbo "ser", mas o rizoma tem como tecido a conjunção "e... e... e..." Há nesta conjunção força suficiente para sacudir e desenraizar o verbo ser.Entre as coisas não designa uma correlação localizável que vai de uma para outra e reciprocamente, mas uma direção perpendicular, um movimento transversal que as carrega uma e outra, riacho sem início nem fim, que rói suas duas margens e adquire velocidade no meio.
[Deleuze, Guatarri, Mil Platos, v1, 36]

A extensão de nosso projeto se caracteriza, principalmente, em suas linhas de frente.
Linhas estas, que como um rizoma, não são enclausuradas em seus papéis sociais, mas amplas e mutantes, transformadoras –desconstrutivas. Um simples elemento afeta e incide em qualquer outro.
O Cineclube Roberto Pires, como foi batizado em justa homenagem ao grande cineasta baiano, tem, inicialmente, três vertentes de atuação dentro desse rizoma.

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