segunda-feira, 28 de junho de 2010

Gênio artesão

postado por Tatiana Mendonça (REVISTA MUITO) @ 10:50 AM
27 de junho de 2010

Emanuella Sombra

Foto: Arquivo Pessoal

Quando o primeiro longa baiano entrou em cartaz, em 1959, as entradas do Guarany tiveram de ser alargadas. As filas ultrapassavam a calçada do cinema, na Praça Castro Alves, e o número de sessões chegava a oito por dia. A ideia de emendar o rolo de projeção, uma ponta na outra, fazia com que o filme recomeçasse enquanto o público anterior ainda se levantava para sair. Apareceram governador, prefeito. Os jornais não falavam de outra coisa.

Nas três semanas em que foi exibido, Redenção foi sucesso absoluto. Desbancou públicos anteriores, como dos hollywoodianos Fonte dos Desejos e O Manto Sagrado, mas logo saiu de cartaz, porque o dono do cinema tinha de honrar compromisso com a Warner. A distribuidora fornecia as cópias para Salvador e exigia pontualidade nas suas estreias, mesmo que uma produção local entupisse de dinheiro os caixas das bilheterias.

A história em torno de um maníaco estrangulador é apenas um de oito longas de ficção que Roberto Pires dirigiu entre 1959 e 1990. A única cópia existente, um rolo de 16 mm, foi encontrada pela família do cineasta em 2005. Restaurada e remasteurizada com recursos de um edital público, reestreou mês passado em Salvador. Sabe-se lá se por coincidência mística, no Espaço Unibanco Cine Glauber Rocha, lugar onde funcionou o antigo Guarany.

Continua em... http://revistamuito.atarde.com.br/?p=5206


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