segunda-feira, 20 de abril de 2009

INSURREIÇÃO RÍTMICA NO CINECLUBE ROBERTO PIRES

Nesta quinta acontece a segunda sessão cineclubista no Espaço Raul Seixas, promovido pelo Cineclube Roberto Pires.

Conheça um pouco mais de um dos filmes que será exibido na sessão.
O Filme
O documentário registra a ação de organizações sociais da Bahia queutilizam as artes afro-brasileiras para a inserção de jovens e crianças.O esforço de organizações sociais em utilizar a arte como ferramenta de inclusão social e promoção da cidadaniapara jovens e crianças no Brasil despertou a atenção do cineasta norte-americano Benjamin Watkins que, a partir de 2004, passou a acompanhar quatro dessas organizações sociais junto com ativistas de mídia Baianas Paulo Rogério Nunes e Eliciana Nascimento. O resultado de mais de 120 horas de filmagem é o documentário Insurreição Rítmica.
As entidades registradas no filme são: a
Escola de Música e Dança Didá, criada pelo Mestre Neguinho do Samba, que possui uma banda e um Bloco carnavalesco, formado por mulheres adolescentes do Centro Histórico de Salvador; a Escola Picolino, que por mais de 20 anos, vem difundindo a arte circense e profissionalizando jovens, em Pituaçu; o Bejé Eró, que através de aulas de cidadania, teatro, dança e música, oferece alternativas para os jovens da Vila Viver Melhor, localizado no Ogunjá; e a Associação de Capoeira Angola Navio Negreiro – ACANNE, que utiliza a capoeira para trabalhar com jovens da periferia e do centro de Salvador no desenvolvimentocomunitário e na valorização de suas origens africanas.
O documentário possui 65 minutos e retrata a transformação promovida por essas organizações sociais na vida de crianças e jovens de bairros pobres de Salvador. São adolescentes cujas possibilidades de inserção social são limitadas pela pobreza, pela discriminação e pelo racismo. "A arte surge como via de união desses indivíduos, elevando a auto-estima, reconstituindo a identidade, capacitando-os profissionalmente e inserindo-os socialmente", ressalta o diretor.
Exemplos - História como a de
Antonio Marcus, da comunidade da Saramandaia, que viu muitos dos seus amigos morrerem pelo envolvimento no tráfico, mas que encontrou saída para esta realidade através das aulas no Circo Picolino, a partir de 1991. Hoje, Antonio Marcus é um dos artistas e instrutores da Escola de Circo e criou, com outros jovens da Saramandaia, um projeto social, onde repassa seus conhecimentos artísticos a outras crianças. Através de exemplos positivos como o de Antonio Marcus, a situação de violência da Saramandaia diminuiu e os jovens passaram a buscar outras alternativas.
Alternativas também encontradas por Mário Roma, morador da Vila Viver Melhor, no Ogunjá, que sonha com uma carreira artística que garanta dias melhores para sua família. O aprendizado vem nas aulas de teatro e percussão do projeto comunitário Beje Eró, saudação iorubá para os Ibejis, orixás que representam as crianças. Através do Beje Eró, Mário e outras crianças montam peças teatrais, fazem apresentações da banda e discutem temas como riscos das drogas, cidadania, direitos e deveres.
Entrevistas com artistas, intelectuais e militantes do movimento negro baiano permeiam o filme, entre elas a educadora e diretora do
bloco afro Ilê Aiyê Arany Santana, o historiador Ubiratan Castro de Araújo, a cantora Margareth Menezes, o ator Jorge Washington do Bando de Teatro Olodum e a escritora e educadora Vanda Machado. "Essas falas ajudam a entender a importância da cultura africana na identidade do povo baiano e de como essas referências podem ser utilizadas na socialização de jovens", explica o diretor.
O filme ja lançou em Salvador nas comunidades retratadas.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

CINE + CULTURA EM SALVADOR


Esta semana tem visita do representante do Cine + Cultura, do MINC, aqui em Salvador.

Nesta terça (14/04), às 18h, no Centro Cultural Alagados, no fim de linha do Uruguai, o Frederico irá falar sobre o EDITAL CINE MAIS CULTURA, que fica aberto até a próxima segunda-feira. Quem ainda não escreveu seu projeto é bom se apressar.

Para saber mais sobre o Edital acesse o site http://www.cultura.gov.br/ no link EDITAL CINE MAIS CULTURA.

Frederico também conversará com os representantes de cineclubes comunitários sobre a distribuição dos equipamentos para os cineclubes de periferia, em Salvador.

terça-feira, 7 de abril de 2009

"Nós não gostamos de gente!"



"O que você vai fazer no final de semana? Já foi à Ilha dos Prazeres?"

A mulher do século 21 filmada no final da década de 60. Seria esse o fim de Ângela Carne e Osso?! Porra-louca, pretensiosa, chacota, anti-heroína, exemplo de ninguém... Essa é a mulher que Sganzerla nos empurra goela abaixo no escracho cinematográfico “A mulher de todos”. Personagem ímpar na cinematografia brasileira, Ângela é mais que isso, mais do que o contrário da mulher que sorri no comercial de margarina... A profundidade da personagem vai além dos 90 minutos do filme, e sua virulência nos corrompe e se mantém pulsante em busca de interpretações tão interessantes quanto ela. Na verdade a moça é bem direta e se revela logo inimiga Nº1 dos homens, mesmo sendo irremediavelmente dependente dos mesmos. "Eu agora vou me dedicar aos boçais. Homem bacana só dá trabalho". Todas as suas declarações fantásticas participam de uma ciranda de contradições, que servem tanto pra confundir os homens do filme, quanto a nós, meros espectadores, provavelmente seu alvo principal. Além da protagonista, brilhantemente interpretada por Helena Ignez, temos que destacar a melhor coisa Jô Soares inventou de fazer, o hilário marido bitolado de Ângela, Plirtz.

O cinema de Sganzerla é feito de personagens míticos, marginais, que simbolizam sua visão subversiva, cáustica, hilária e maldita da sociedade na qual compactuamos pacificamente. Há a óbvia obrigatoriedade de rever o clássico “O Bandido da Luz Vermelha” para falar mais a respeito, afinal esses dois filmes do diretor se completam em uma continuação descontinuada... Toda essa libertinagem torna o cinema de Sganzerla restrito, hermético, tornando filmes como “A Mulher de Todos” para os poucos que resolvem entregar-se ao seu deleite.

por:ramon

quarta-feira, 1 de abril de 2009

CINECLUBE ROBERTO PIRES 2009

Que bons ventos soprem para nosso cineclube.
Estamos caminhando para nossa segunda exibição no espaço Raul Seixas.
Uma galera muito antenada do Cineclube está montando dois projetos que prometem movimentar o segundo semestre: "Cineclubinho Roberto Pires - Formação de Público para Cinema" e "Oficinas de Formação Cineclubista"... mais informações sobre estes projetos nas próximas postagens.
E uma grande notícia no final de março, para solidificar as comemorações dos 50 anos do cinema baiano. O Projeto de Restaução de Redenção, primeiro longa-metragem baiano, dirigido por Roberto Pires, foi entregue na semana passada no Fundo de Cultura e já foi habilitado. Vamos ficar na torcida para que esta obra fundamental do cinema brasileiro seja restaurada até o final do ano e possamos fazer uma grande comemoração no nosso Cineclube.
Saudações Piradas

sexta-feira, 13 de março de 2009

AGENDA CULTURAL - MARÇO 2009



LANÇAMENTOS
Quartas Baianas exibe mais dois filmes inéditos





Realizado há quatro anos pela Diretoria de Artes Visuais e Multimeios (DIMAS), da Fundação Cultural do Estado da Bahia (FUNCEB), o projeto se dedica ao resgate e valorização da produção local, oferecendo ao público filmes e vídeos das mais variadas épocas e formatos, construindo um verdadeiro mosaico do audiovisual baiano. Para este mês, o evento lança os filmes O Artesão de Sonhos, de Petrus Pires e Paulo Hermida e Carrinho de Pau, de Som Araújo, além de exibir Abrigo Nuclear, de Roberto Pires. Carrinho de Pau, ficção com 29 min, conta a história de uma família do sertão da Bahia, que luta contra a fome através da fé. Já O Artesão de Sonhos, documentário com 23 min, faz um resgate de aspectos importantes e pouco conhecidos do cineasta Roberto Pires, ícone do cinema baiano e nacional.


Onde: Sala Walter da Silveira.
Tel.: 71 3116-8100
Quando: Dias 4, 11 e 18, às 20h
Quanto: Grátis
Realização: DIMAS

Cinema no Raul




12/03/2009
Cinema no Raul
O Departamento de Cultura do Sindicato dos Bancários da Bahia fechou parceria com o Cine Clube Roberto Pires. A partir de hoje, 12 de março, às quintas-feiras, o Raul Seixas-Espaço Cultural exibe um longa e um curta.

Essa é mais uma boa opção cultural oferecida pelo Espaço, que com entrada gratuita, dará ao público acesso a produções locais e nacionais. A programação dura durante todo o ano de 2009.

Os 50 anos do cinema na Bahia será o tema do mês de março. No final de cada sessão haverá debate com convidados e interessados. Confira a programação do dia 12 de março, que começa às 18h:

Artesão dos Sonhos - Documentário - curta: 23 min - Homenagem ao cineasta Roberto Pires, com imagens dos seus filmes e depoimentos de produtores que trabalharam com o pai do cinema de longa-metragem da Bahia.

Tocaia no Asfalto - Longa: 120 min - Thriller genuinamente baiano, realizado em 1962, por Roberto Pires. A película aborda o relacionamento dos políticos com a criminalidade e as peculiaridades da personalidade de um pistoleiro de aluguel. O filme foi restaurado em 2008 pela Cinemateca Brasileira.

Fonte: http://www.bancariosbahia.org.br/conteudo.php?ID=9498

terça-feira, 10 de março de 2009

50 anos de Redenção

Jornal A Tarde, Caderno 2. 07/03/09.

Redenção 50 anos

JOÃO CARLOS SAMPAIO
jcsampaio@grupoatarde.com.br

O primeiro longa-metragem produzido na Bahia por uma equipe de cineastas baianos, o filme Redenção (1959), completa 50 anos de sua exibição inaugural nesta segunda-feira. Dia memorável para a classe cinematográfica baiana e especialmente para a família de seu diretor, o pioneiro cineasta Roberto Pires (1934-2001). Só que o filme continua ameaçado de extinção, já que a única cópia aguarda recursos para ser recuperada.

O cineasta Petrus Pires, filho do cineasta, há quatro anos luta para reverter o processo de deterioração que a histórica película vem sofrendo. Dado como definitivamente perdido, o filme foi reencontrado em abril de 2005, no acervo particular do Instituto Lula Cardoso Ayres, em Recife. Por lá foi encontrada esta única cópia da obra, uma versão em 16 mm (bitola semiprofissional), que foi trazida a Salvador.

Durante alguns meses, a cópia foi mantida em condições apenas razoáveis de conservação na sede da Diretoria de Audiovisual da Fundação Cultural do Estado (Dimas), nos Barris, até que Petrus Pires conseguiu recursos para levar o filme até a Cinemateca Brasileira, em São Paulo. Por lá, a cópia foi examinada e tem sido conservada em boas condições de temperatura e umidade, à espera da recuperação definitiva.

Petrus se diz feliz com a lembrança dos 50 anos do filme de seu pai, mas está ainda aflito com o risco de que essa parte fundamental da memória cinematográfica da Bahia se perca. Ele lembra que as condições de manutenção da cópia, mesmo na Cinemateca Brasileira, são ideais para filmes em bom estado, o que não é o caso desta cópia de Redenção, bastante danificada pelo tempo.

Ao lado de Braga Neto, ator protagonista de Redenção e outro pioneiro do cinema baiano, e juntamente com o também cineasta Paulo Hermida, Petrus fundou uma empresa com o mesmo nome da qual seu pai foi um dos fundadores, a Iglu Filmes. A nova Iglu aguarda para as próximas semanas a condição de três anos de (re)criada para finalmente se habilitar segundo as regras do Fundo de Cultura do Governo do Estado.

Cumprida a inscrição, o projeto de restauro e difusão da obra, orçado em cerca de R$ 650 mil, vai esperar pelos trâmites burocráticos para que, em até 90 dias, possa ser avaliado por técnicos do governo do Estado. A previsão mais otimista é de que somente no segundo semestre seja iniciada a recuperação. Até que isso aconteça paira no ar o receio de que algo aconteça à cópia. “Qualquer acidente, perdemos de vez este filme”, diz Petrus Pires.

EXIBIÇÃO – Quando da primeira revisão da cópia, há quatro anos, em São Paulo, foi feita uma precária telecinagem, que vai ganhar uma exibição no próximo dia 24, no Espaço Unibanco Glauber Rocha, como parte das atividades do V Panorama Coisa de Cinema, que começa no dia 19.

A sessão, nas palavras do próprio Petrus Pires, é um ato simbólico, apoiado pelo exibidor Cláudio Marques (do Glauber Rocha), para chamar a atenção quanto à necessidade da urgente recuperação do filme. A projeção tem também um caráter afetivo-histórico, já que foi no mesmo lugar onde hoje funciona o Unibanco Glauber Rocha que o filme foi lançado há 50 anos, quando o espaço se chamava Cine Guarany.

O projeto prevê um restauro digital em alta definição com a geração de uma nova cópia negativa e mais três cópias em 35 mm, uma para o acervo da Cinemateca Brasileira e duas para a difusão.

DVDs também seriam confeccionados.

Também durante o V Panorama será lançado o livro Rober to Pires – O Inventor de Cinema, do jornalista Aléxis Góis. A obra conta a trajetória do cineasta, que, ao lado de Oscar Santana, Braga Neto, Glauber Rocha e outros pioneiros, estabeleceu a primeira leva de filmes baianos, na virada para os anos 1960.

Para não deixar a data dos 50 anos de Redenção passar em branco, o Cineclube Roberto Pires do Espaço Cultural Raul Seixas (Av. Sete de Setembro, Mercês) exibe, a partir das 18 horas de segunda-feira, um programa com o filme Tocaia no Asfalto, também de Roberto Pires, antecedido de um curta-metragem, Artesão dos Sonhos, perfil do cineasta, dirigido pelo filho Petrus Pires e Paulo Hermida.

LENDÁRIO –Redenção é uma fita de pouco mais de 50 minutos, mas é um marco para o cinema baiano e brasileiro. O filme começou a ser rodado em 1955, no mesmo ano em que Nelson Pereira dos Santos lançou Rio 40 Graus, considerado o marco inicial do Cinema Novo.

Primeiro filme do chamado Ciclo Baiano de Cinema (1959-1964), Redenção foi capitaneado por Roberto Pires com apoio de Rex Schindler, Braga Neto (também ator do filme) e Oscar Santana trabalhando lado a lado na criação. Este mesmo grupo criaria obras como B arravento, de Glauber Rocha, e quase todas as realizações do chamado Ciclo Baiano, todos eles se revezando nas funções de produção, roteiro, fotografia e outros setores.

Redenção tem a particularidade de ser o primeiro filme brasileiro a utilizar o formato de tela esticada, conhecido como Cinemascope.

Na verdade, a fita foi rodada com uma lente criada em Salvador, nos fundos da Casa Mozart, loja da família Pires, que mantinha serviços de ótica. Lá, Roberto Pires, com a ajuda do amigo e cineasta Oscar Santana, criaria a Igluscope, a famosa lente da Iglu Filmes que reproduz uma técnica que somente Hollywood possuía.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Caros Colegas CINECLUBISTA Roberto Pires, e participante do Café Filosófico

É com muita satisfação que estamos convidando para primeira Assembléia após a fundação do Cineclube Roberto Pires, nesta oportunidade poderão se integrar ao movimento cineclubista, todos aqueles interessados em cinema e movimento social, se filiando ao nosso Cineclube.

Data: 12/02/09 (quinta-feira)
Local: DIMAS (RUA GENERAL LABATUT, 27, BARRIS) - na sala Multiuso
Horário: 18:00

Segue a pauta para discutir:
1-Informes movimento cineclubista (Nacional e na Bahia), e Informes das Comissões;
2-Programação e Exibição de Roberto Pires (local e data);
3-Política de filiação, pessoa Física e Jurídica;
4-Site;
5-O que ocorrer.

Gleciara Ramos
Diretora Regional do CNC BA/SE Diretora de Organização do Cineclube Roberto Pires
Contatos:(71) 3242-0142/ 8733-7231